domingo, 18 de julho de 2010

Retrospectiva e Resoluções de Meio de Ano

Todo ano, na virada do dia 31 de dezembro para 1° de janeiro todos nós fazemos nossas promessas e metas para o ano que se inicia. Apesar que, no último reveillon comigo foi diferente. Era tanta coisa acontecendo; formatura, processos de trainee, novo trabalho, nova cidade, novos amigos...Eram tantas novidades e mudanças que era difícil visualizar como seria esse ano.

Pois bem, se passaram 6 meses desde o início de 2010, e muita coisa aconteceu; nesse período troquei de carro, me mudei pra Santos, me assustei com o aspecto do Porto de Santos, morei em hotel, corri na praia, procurei apartamento, trabalhei com indicadores, descobri que meu GPS não funciona em Santos, trabalhei com processos, fui pra Piracicaba, não encontrei apartamento, voltei de Piracicaba, trabalhei com suprimentos, fiz campanha eleitoral, fui pra São Paulo, me perdi em São Paulo, morei uns dias no Guarujá, encontrei apartamento, tive uma reunião, tomei banho de açúcar, me simpatizei pelo Santos, fiz rapel, peguei birra do Santos, tive mais umas 40 reuniões, trabalhei com TI, descobri que pagode ainda existe, respirei açúcar, trabalhei com RH, fiquei sem banheiro no apartamento,

(pausa para respirar)

fui pra academia, fiz escalada, não fui mais pra academia, trabalhei com controladoria, fui e voltei umas 15 vezes pra Piracicaba, fiz um Twitter, comprei uma moto, me mudei de apartamento, devolvi a moto, comi açúcar, fui ao jogo do Santos, apareci na TV, descobri o quanto é bom pedalar a noite na praia, comprei um violão, me apaixonei por Santos, voltei a trabalhar com processos, andei de catraia, assinei uma nova revista, comprei uma panela de pressão, tive treinamentos, acho que aprendi a fazer feijão, voltei a trabalhar com indicadores, li a Arte da Guerra, ganhei um mentor, fiz um blog, comecei a ler The Pyramid Principle...tive mais treinamento e ufa....

Enfim, muita coisa aconteceu nos últimos meses, outras ficaram por acontecer e umas começaram e não terminaram. Agora temos mais 166 dias até nos despedirmos de 2010, já consigo assimilar todas as mudanças e é preciso organizar o que será dos próximos meses.

E por onde começar? Bom, como primeiro passo; comprei uma agenda (tentei um desconto, já que estamos no meio do ano e portanto só vou usar metade da agenda, mas sem sucesso, rsrs...)


Nos próximos posts dividirei com vocês as minhas resoluções de meio de ano...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A Valsa e Guernica

Neste sábado dia 03 de julho fui assistir a peça A Valsa produzida e encenada por alguns alunos do Globe-SP. Resolvi escrever, pois desde que assisti à peça não paro de pensar nela e sinto uma vontade de falar sobre o assunto, de discutir com alguém.


O engraçado é que não saí do teatro com essa sensação, isso foi crescendo com o tempo, a cada minuto que passava eu fui compreendendo mais a trama e admirando ainda mais cada detalhe que compunha o espetáculo. E agora não vejo a hora de assistir novamente; com certeza verei com outros olhos cada cena e saberei apreciar o texto como ele merece. Não sei se essa demora em compreender a obra seja por causa da minha imaturidade artística, afinal, apesar de gostar de arte e já ter desenvolvido certo pensamento crítico, ainda não tenho grande repertório para comparação. Mas vamos à peça!


Pra mim, a melhor comparação que achei até agora foi com o quadro Guernica do Picasso. A obra de Picasso retrata algo triste, feio, ruim; é possível ver isso na tela, mas se ninguém te contar, dificilmente você vai saber que ali está retratado um bombardeio sofrido pela cidade espanhola Guernica. Em A Valsa, a princípio você compreende pouco da triste trama da personagem principal. A peça constitui de uma colagem de vários fragmentos de pensamentos, assim como o quadro se constitui de vários fragmentos de imagens, que a principio não tem nada a ver uma com a outra. Mas quando se compreende o contexto da história, a maioria das peças se encaixa e tudo faz sentido. Algumas simplesmente não se encaixam e fica a critério de cada expectador fazer sua própria interpretação dos elementos que estão soltos.

A única diferença entre as duas obras é bem simples: em minha opinião Guernica não é uma obra bonita, não vejo beleza na tela, há sim uma certa intriga e curiosidade que prende a nossa atenção enquanto tentamos compreender o que se passava na cabeça de Picasso enquanto dava as pinceladas na tela. Já A Valsa não, essa é uma obra bela! Que além da intriga e da curiosidade, nos prende a atenção pela beleza. Beleza do texto, das músicas, do figurino, das interpretações, dos elementos do cenário, dos movimentos, das atrizes.


É uma peça que não acaba quando termina, pois como disse no início do texto, o espetáculo como um todo nos acompanha quando deixamos o teatro, preenchendo nossa mente e nossa alma. E não é pra isso que serve a arte? Se você disser que sim então vale a pena ver A Valsa!